Impostômetro

15 de abril de 2013

Como fazer uma horta caseira


Uma horta orgânica em sua casa! Nossas avós costumavam ter no quintal uma pequena horta de temperos e algumas hortaliças. Alimentos frescos para a mesa da família, produzidos em casa.
Quando criança acompanhava minha mãe ao mercado e havia uma banca que vendia mudinhas diversas, das hortaliças às plantas para colocar no pomar e jardim. Com o tempo caiu em desuso e com a facilidade de compra em supermercados e feiras livres espalhadas pela cidade, aliadas ao grande aglomerado de edifícios, cultivar em casa não se usava mais.
Agora, voltando às origens, as pessoas descobrem novamente o prazer deste hobby. Para ajudá-las, elaboramos uma série de artigos, tais como o preparo do solo do canteiro, substrato para jardineiras, adubação e tratamentos contra pragas ecologicamente corretos. Para fazer e manter uma horta orgânica. Em qualquer que seja seu espaço.

Horta orgânica – O que é Orgânico?

Na horta orgânica, variedade é importante
O que é orgânico?
Esta palavra está acompanhando muitos rótulos de alimentos e por vezes nos perguntamos se será moda ou propaganda para vender. Podem até ver queos produtos assim rotulados são mais caros, refletindo um gosto mais apurado do consumidor, que deverá arcar com este ônus.
Na agricultura orgânica, a observação da natureza e as pesquisas formaram conceitos e indicações de procedimentos, procurando reproduzir o que acontece naturalmente na natureza quando não há intervenção de humanos. Nos campos não há uma espécie somente e a diversidade encontrada é o que tenta-se reproduzir, evitando a monocultura.
Também não se cultiva a mesma planta sempre no mesmo lugar. É recomendado trocar a produção de folhosas por tubérculos ou por leguminosas.
Por exemplo: onde você produziu alfaces, poderá na cultura seguinte escolher cenouras ou então ervilhas e feijão-vagem. As leguminosas têm capacidade de ajudar na fixação do nitrogênio no solo, beneficiando as outras culturas seguintes. Produzir alimentos de forma orgânica significa não usar defensivos agrícolas contra moléstias e pragas de lavoura.

Um sistema de horta em equilíbrio

Um sistema em equilíbrio não é muito afetado quando acontece uma incidência de insetos ou doenças, pois oferece maior resistência. Para pragas e doenças usaremos os chamados remédios verdes, que são sucos e chás feitos de plantas para combaterem doenças e insetos. Também poderemos usar junto da horta plantas repelentes para somente afugentá-los. Sempre lembrar que praga é apenas quando o volume de insetos nas plantas foge ao nosso controle de catação e eliminação por produtos caseiros.
Galinhas são predadores naturais de muitas pragas da horta
Também na natureza existe um sistema de equilíbrio, feito pelos predadores. Os insetos que comem nossas plantas são presas de outros insetos e também de pássaros que deles se alimentam, formando parte da cadeia alimentar da vida selvagem. Quanto menos interferirmos nestes elos menor será o desequilíbrio do meio ambiente.
Também significa produzir hortaliças sem aditivos químicos e por aí passa o adubo granulado. Usa-se composto feito de materiais descartados de cozinha e horta, produzindo o chamado adubo verde. Leia o texto Composto orgânico para relembrar como se faz. A adubação com composto orgânico aumenta a fertilidade do solo e sua capacidade de fornecer nutrientes para as plantas, além de propiciar mais resistência delas às doenças.

Aprenda a fazer uma horta orgânica dentro de casa



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Horta orgânica: comida saborosa, saudável e sustentável.


Cultivar uma horta orgânica, independente do tamanho e da variedade de alimentos plantados, é sempre bom. Bom para a saúde e o bem-estar da família, que irá ingerir alimentos mais saudáveis e livres e agrotóxicos, e também para o meio ambiente, que deixará de receber produtos químicos e ter seus recursos naturais, como solo e água, explorados de forma insustentável. Fazer uma horta em casa aumenta o seu contato com a natureza e economiza nas feiras e supermercados.
É preciso ficar atento e tomar alguns cuidados na hora de montar a sua horta. Elas podem ser feitas em todos os tipos de casa e apartamentos, só precisam ser adaptadas ao espaço e aos recursos disponíveis.
Preparativos
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Confira o clima, o solo, o local de plantio e as espécies antes de começar sua horta/Foto: Almargem


Antes de iniciar sua horta, fique atento aos seguintes fatores:
Clima – ele é determinante na adaptação de certas culturas e deve ser levado em consideração na seleção de variedades. As diferenças entre estações, quanto à temperatura e volume de chuva devem ser verificados, servindo como base para um calendário de épocas de plantio.
Solo - muita atenção ao tipo e cuidado do solo. O solo é considerado um organismo vivo, que interage com a vegetação em todas as fases de seu ciclo de vida. Devem ser analisados em seus aspectos físico (textura e estrutura), químico (nutrientes) e biológico (organismos vivos existentes no solo).
Local – o lugar da instalação da horta tem de ser de fácil acesso, maior insolação possível, água disponível em quantidade e próxima ao local. Não devem ser usados terrenos encharcados. Os canteiros devem ser feitos na direção norte-sul, ou voltados para o norte para aproveitar melhor o sol. No local da horta não é aconselhavel a entrada de galinhas, cachorros ou coelhos.
Espécies – escolha com cuidado o tipo de vegetal que você irá plantar. Cada espécie precisa de um tipo de tratamento e possui um ciclo de crescimento próprio. Informe-se na hora de comprar as mudas e sementes e verifique se aquele tipo irá se adequar à sua horta.
Dentro de casa
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Dentro de casa, prefira os vasos e as espécies menores, como temperos/Foto: Drang


Para montar uma horta em espaços pequenos, como apartamentos, prefira os vasos. Eles podem ser de qualquer tamanho, apenas assegure-se de só plantar espécies que irão se adaptar ali.

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12 de abril de 2013

Análise das inovações nas relações com o mercado na agricultura orgânica brasileira



RESUMO: Apesar do grande progresso da produção agroecológica frente à agricultura convencional, ainda há muito a ser feito para que haja maior conscientização e consumo dos alimentos orgânicos. O governo brasileiro tem provido um ambiente cada vez mais favorável para o cultivo de produtos orgânicos com a aprovação de leis e instruções normativas específicas para o desenvolvimento deste mercado. Este trabalho visa analisar as inovações observadas na comercialização, distribuição e divulgação dos alimentos orgânicos para compreender a situação atual deste mercado e de que forma contribuem para que haja uma diminuição nos custos de produção e, consequentemente, nos preços. Para tanto, será apresentada a literatura pertinente à evolução das inovações no meio agrícola como processo histórico para se alcançar as inovações presentes no mercado de alimentos orgânicos nos dias de hoje. Serão expostas as visões de teóricos das correntes Clássica, Marxista, Neoclássica, Schumpeteriana e Neo-Schumpeteriana. Será analisada ainda a legislação vigente e as perspectivas futuras para melhorias da agricultura orgânica. Nesta pesquisa, foram utilizadas fontes de informações primárias e secundárias para uma discussão concisa com os dados e resultados provenientes da literatura estudada.

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11 de abril de 2013

Tecnologia e inovação na produção orgânica

Empreendimentos inovadores reunidos pelo Sebrae apostam em tecnologias simples acessíveis ao pequeno e médio produtor

Foto: Márcia Gouthier/ASN
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Joe Valle destaca papel da inovação na produção orgânica
Fortalecer a agricultura orgânica a partir da difusão de novos conhecimentos e tecnologias acessíveis ao pequeno e médio produtor. Esta foi a base de experiências bem sucedidas apresentadas no Painel “Empreendimentos Inovadores de Produtos Orgânicos”, realizado pelo Sebrae durante o encontro Agronegócios e Inovação, entre os dias 5 e 7 de março em Brasília. Durante os debates, o secretário de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Joe Valle, também anunciou a intenção do Governo Federal em articular uma rede nacional de produção e distribuição de produtos orgânicos voltada para o mercado interno.
“A tecnologia é muito importante para a agricultura orgânica, que depende de muito conhecimento. Refiro-me às Tecnologias Sociais e não à tecnologia das grandes máquinas adequada à grande indústria”, frisou Valle. Entre estas tecnologias, segundo ele, estão procedimentos simples como a adubação verde, técnica utilizada para melhorar a propriedade do solo por meio de uma mistura controlada de matéria vegetal (palha) e animal (esterco)......
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Inovação tecnológica na agricultura orgânica: estudo de caso da certificação do processamento pós-colheita

Inovação tecnológica na agricultura orgânica: estudo de caso da certificação do processamento pós-colheita

RESUMO

A tecnologia empregada na agricultura orgânica e no processamento pós-colheita vem desenvolvendo um padrão produtivo bastante distinto à agricultura "moderna". O desejo do consumidor de adquirir um alimento que não venha causar risco a sua saúde foi alterando o mercado, e o produto orgânico passa a ser preferido e mais valorizado por um segmento da população. Sem o uso de agroquímicos, a agricultura orgânica recupera conceitos tradicionais e se renova a partir da utilização de inovações tecnológicas intensivas em conhecimento. A proposta deste trabalho é estudar os aspectos da inovação no processamento pós-colheita de uma fazenda de produção orgânica, especificamente na embalagem e no processamento mínimo, impulsionada pela exigência de certificação, em um estudo de caso na região do Centro-Oeste brasileiro. O artigo aborda as características históricas da inovação na agricultura, as dificuldades de investimento em tecnologias na agricultura orgânica e a questão da certificação. Este estudo de caso foi realizado a partir de uma série de entrevistas. Os resultados fazem perceber que as modificações nas rotinas internas da empresa e a adoção de uma série de normas técnicas viabilizaram o processo de inovação, possibilitando a adequação da fazenda para obter a certificação exigida para atender ao mercado.........

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Agricultores urbanos abandonam venenos e optam por produção orgânica em SP

Agricultores urbanos abandonam venenos e optam por produção orgânica em SP
 
Por Tadeu Breda - Rede Brasil Atual — última modificação 06/04/2013 22:43 
 
No extremo sul da capital, agrotóxicos dão lugar a técnicas agroecológicas para preservar entorno ambiental e produzir alimentos sem químicos – o que abre mercados mais rentáveis
Foto: Instituto 5 Elementos/Divulgação 
 
É curioso presenciar a visita técnica de Ceceo Chaves a dona Massue. Um tem perto de 30 anos e é formado em agronomia pela Universidade Federal de Lavras, em Minas Gerais, uma das mais conceituadas do país. Outra estudou até a quarta série, mas viveu todos os seus 70 anos em contato direto com a terra. "Dou todas as orientações técnicas que precisam, mas, sinceramente, não sei se conseguiria tocar uma lavoura", confessa Ceceo. "Conheço as funções químicas das plantas e do solo, mas não tenho a prática da enxada."
Não importa: dona Massue pede e parece valorizar muito cada conselho do engenheiro. Formam uma bela parceria, ainda que eventual. A agricultora é uma dos 315 pequenos produtores rurais de Parelheiros, bairro localizado no extremo sul de São Paulo, e uma dos 18 atendidos periodicamente por Ceceo graças a um projeto executado pelo Instituto 5 Elementos com recurso da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente. Seu objetivo é estimular e auxiliar os agricultores da região a transformarem seus cultivos tradicionais, com uso de agrotóxicos, em plantios orgânicos, ou seja, sem adição de nenhum produto químico agressivo à natureza ou à saúde humana.

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Ação do MDA promove agricultura agroecológica e orgânica no Paraná

 
 Ação do MDA promove agricultura agroecológica e orgânica no Paraná

Cerca de 1,5 mil agricultores familiares do Paraná participam, a partir deste mês, de um projeto que vai melhorar a qualidade e aumentar a produtividade da agricultura orgânica e agroecológica na região metropolitana sul de Curitiba (PR).
Eles serão beneficiados pelo Projeto de Apoio à Inovação Tecnológica, resultado de contrato de repasse firmado entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). O contrato, no valor de R$ 491,4 mil, prevê a implantação de 28 unidades de referência em produção orgânica ou agroecológica em nove municípios – Lapa, Contenda, Campo do Tenente, Rio Negro, Quitandinha, Balsa Nova, Agudos do Sul, Piên e Mandirituba..............

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3 de abril de 2013

Alimentos Orgânicos, mercado e potencialidades



Alimentos Orgânicos, mercado e  potencialidades 

Mercado de Alimentos com baixos teores de carboidratos:
Uma visão global e nacional 
Introdução:
 O mercado de alimentos especiais e saudáveis tem observado um crescimento anual significativo a partir do início dos anos 90.  Uma conscientização mundial sobre a importância dos alimentos para a saúde vem mudando o comportamento do consumidor. Nos Estados Unidos da América, onde é chamado de Mercado Natural, o faturamento em 2003 alcançou cifras estimadas em US$ 55 bilhões. Estão incluídos os resultados obtidos com as vendas de alimentos naturais, orgânicos, funcionais e produtos de naturais para cuidados pessoais.
O crescimento do mercado de alimentos orgânicos é impressionante.
Por representar um modelo de produção de alimentos que além de nutrir,  não intoxica o ser humano e ainda preserva o meio ambiente, o mercado destes alimentos cresce mais de 10% ao ano. 
Mas apesar deste crescimento significativo dos orgânicos, são os alimentos funcionais que se destacam neste segmento. Segundo o Jornal de Negócios em Nutrição, o mercado mundial está estimado em US$ 150 bilhões, sendo que os alimentos funcionais ou para fins especiais, representam 38% de todas as vendas. Quando se comparam países e regiões, há uma evidente discrepância entre os EUA (35%) e Europa (32%) e o resto do mundo, com destaque para o Japão (18 %), primeiro país a regulamentar os alimentos funcionais. O que pode ser observado é que ano a ano estes mercado influenciam os outros países, já que vivemos uma era de informação, empresas e economia totalmente globalizada. A América Latina por ainda representar apenas 2% deste mercado, tem um enorme potencial para seu desenvolvimento, com destaque especial para o Brasil. Um dos setores de necessidades dietéticas que mais chama atenção em todo o mundo, é o da dieta pobre em calorias com a finalidade de controle de peso. O excesso de peso e a obesidade movimentam na atualidade um enorme volume de dinheiro, já que uma grande parte da população mundial, seja em países desenvolvidos ou em desenvolvimento, são acometidos desta alteração. Considerada pela Organização Mundial da Saúde como a maior epidemia do século passado, vem sendo alvo de projetos para o seu combate por órgão da saúde em todas as partes o planeta.................CONTINUA.....  
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Mercado Orgânico, Potencial em Expansão.

Mercado Orgânico, Potencial em Expansão.

Resumo: Apresentar uma síntese da pesquisa realizada com os supermercadistas de Goiânia que teve como objetivo identificar a opinião do segmento sobre os produtos orgânicos, sua comercialização efetiva e potencial.

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Mercado de alimentos orgânicos no Brasil movimenta R$ 500 milhões


Mercado de alimentos orgânicos no Brasil movimenta R$ 500 milhões

19/11/2012 - 10h55 

DA AGÊNCIA BRASIL
A produção de alimentos orgânicos no Brasil é vista pelo diretor de Agregação de Valor do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Arnoldo de Campos, como uma grande oportunidade para a agricultura familiar. Campos é um dos debatedores do seminário Brasil Orgânico e Sustentável/Rio de Janeiro - Impactos da Política Nacional de Agroecologia, que será realizado hoje (19), na capital fluminense.
"Graças ao crescimento da economia, a gente tem um aumento muito significativo da classe média, e quando a pessoa tem mais renda, fica mais exigente. As preocupações com a saúde, alimentação saudável e livre de agrotóxicos, se intensificam na sociedade. Isso acaba sendo uma boa oportunidade para os agricultores familiares, que têm mais vocação para esse tipo de sistema produtivo", disse Campos, em entrevista à Agência Brasil.
Edson Silva/Folhapress

Segundo governo, mercado cresce entre 15% e 20% ao ano e é abastecido por cerca de 90 mil produtores
Segundo o diretor do MDA, o mercado de produtos orgânicos movimenta hoje, no Brasil, "em torno de meio bilhão de reais". Esse mercado cresce entre 15% e 20% ao ano e é abastecido por cerca de 90 mil produtores que "têm alguma produção orgânica ou agroecológica". Desse total, cerca de 85% são agricultores familiares.
Arnoldo de Campos não tem dúvida de que a tendência é a expansão da demanda por produtos verdes. "As redes de supermercados pretendem elevar a oferta de produtos orgânicos porque seus consumidores estão demandando isso. A indústria de alimentos quer ter mais fornecedores com essa característica.
Os restaurantes, bares e hotéis cada vez mais querem ter uma parte dos seus cardápios para atender aos clientes que consomem produtos orgânicos", informou.
O diretor assegurou que há uma demanda em diferentes setores da economia por esse tipo de produto.
"É uma demanda crescente que hoje está represada pela oferta ou pela desorganização das cadeias produtivas do setor, que é um setor novo no Brasil".
O seminário vai apresentar as ações do núcleo temático Copa Orgânica e Sustentável.
O evento é promovido pela Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), por meio do projeto Centro de Inteligência em Orgânicos, e pelo portal Planeta Orgânico, com apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

SITUAÇÃO DO MERCADO DE PRODUTOS ORGÂNICOS E AS FORMAS DE COMERCIALIZAÇÃO NO BRASIL



SITUAÇÃO DO MERCADO DE PRODUTOS ORGÂNICOS E AS FORMAS DE COMERCIALIZAÇÃO NO BRASIL


RESUMO: A agricultura orgânica tem se desenvolvido rapidamente no mundo nos últimos anos, com uma taxa média de crescimento ao redor de 25%. No Brasil, há um crescente aumento no número de produtores familiares e de grandes produtores ligados a empresas privadas, relacionados ao mercado interno e externo, respectivamente. Entretanto, o mercado é ainda um dos principais desafios a ser superado. Este trabalho consiste numa revisão de literatura que pretende ressaltar o tamanho da agricultura orgânica e suas características mercadológicas no Brasil e no mundo. Abordam-se as características brasileiras referentes à exportação e, também, ao mercado interno, com enfoque nas formas de comercialização utilizadas por pequenos e grandes produtores, certificação orgânica e precificação. 
Observa-se que as exportações estão seguindo a mesma lógica brasileira de produtos convencionais para abertura de mercado e também a existência de altas expectativas com a regulamentação da lei que influenciaram toda a cadeia de produtos orgânicos.

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2 de abril de 2013

ALIMENTOS ORGÂNICOS NO BRASIL E NO MUNDO.


PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE ALIMENTOS ORGÂNICOS NO BRASIL E NO MUNDO.
Arielli Carla Fernandes Santos
Claudiene Martins Ribeiro
Daniela Cunha Ferreira
Wellyda Núbia Pereira dos Santos
1- INTRODUÇÃO
A agricultura orgânica é um sistema de produção que evita ou exclui amplamente o uso de fertilizantes, praguicidas, reguladores de crescimento e aditivos para a alimentação animal compostos sinteticamente. Tanto quanto possível, os sistemas de agricultura orgânica baseiam-se na rotação de culturas, estercos animais, leguminosas, adubação verde, lixo orgânico vindo de fora da fazenda, cultivo mecânico, minerais naturais e controle biológico de pragas para manter a estrutura e produtividade do solo, fornecer nutrientes para as plantas e controlar insetos, ervas daninhas e outras pragas (USDA, 1984,10).
As condições de umidade e aeração e o equilíbrio do meio ambiente são fatores determinantes para a sobrevivência desses microorganismos e, conseqüentemente, sua utilização como agentes protetores e preservadores do solo. Por essa razão, uma das principais práticas utilizadas nos cultivos orgânicos é o fornecimento e/ou preservação de microorganismos do solo, para que as condições ideais de transformação biológica sejam asseguradas (BNDES Setorial 2002).
Em um contexto de temor frente aos riscos alimentares promovidos pelos malefícios causados pelos agrotóxicos, às dúvidas com relação aos organismos geneticamente modificados, o aparecimento de doenças como a vaca-louca e, a recente gripe aviária e a contaminação por dioxina na Bélgica, vêm despertando interesse não só aos pesquisadores e cientistas, mas a grande parte da população mundial.
Os produtos orgânicos por serem cultivados sem o uso de adubos químicos ou agrotóxicos são alternativas mais saudáveis para o ser humano e também para o meio ambiente. Embora a busca por uma alimentação mais saudável venha sendo orientada por conhecimentos científicos relacionados à saúde do ser humano e do planeta, seu consumo efetivo, ainda, permanece restrito às parcelas populacionais de nível sócio-econômico mais elevado. Torna-se, portanto, uma responsabilidade social das Instituições de Pesquisa e poder público levar estes benefícios para as populações mais carentes.
  1. Tema do Trabalho de Conclusão do Curso de Tecnologia de Alimentos da Faculdade Montes Belos, em São Luis de Montes Belos.2- Acadêmicas do Curso de Tecnologia de Alimentos da Faculdade Montes Belos - FMB. e-mails: arielle_carla@hotmail.com; claudiene_martins@hotmail.com; wellyda.tec.alimentos@gmail.com3- Orientadora do Trabalho de Conclusão do Curso de Tecnologia de Alimentos; Engenheira de Alimentos, Professora, Janaína Pereira Macedo . e-mail: janainapm@gmail.com
2 – DESENVOLVIMENTO
2.1 A agricultura orgânica no Brasil
Segundo, Santiago e Harkaly (IBD), o consumo de produtos orgânicos no Brasil está ao redor de 1% de todo o mercado de alimentos, ou seja, há muito espaço para crescer. Cerca de 70% da produção orgânica vendida no Brasil é vendida em supermercados. Dos países da América Latina, o Brasil é o país com maior consumo de produtos orgânicos. O mercado no Brasil, considerando-se o agregado de todos setores, cresce firmemente, resultado da percepção dos consumidores sobre a qualidade do produto orgânico em relação ao convencional, dos benefícios para a sua saúde e para o meio-ambiente. Com a sua grande área agrícola, o Brasil tem condições de clima e de solo que possibilitam produzir ampla gama de produtos orgânicos. No inverno, que em grande parte do hemisfério norte não se pode produzir, continuamos produzindo normalmente em várias regiões, inclusive com irrigação, (IBD). Todavia, sentimos a necessidade de uma campanha de esclarecimento para os consumidores brasileiros, sobre o que é o produto orgânico e quais são as suas vantagens para a saúde e para o nosso planeta. A maioria dos consumidores desconhece isso. Paralelamente, é preciso organizar e planejar melhor a produção, para atender demandas, por exemplo, dos supermercados, que exigem entregas certas e freqüentes, e demandas de importadores europeus e norte-americanos – estes querem produtos, como frutas, cuja produção orgânica é menor que as quantidades que possibilitam exportar economicamente. A regulamentação da lei, recentemente completada, tornará claras, para o investidor, o importador e o consumidor, as normas de produção do produto orgânico brasileiro, o que deverá promover o crescimento da produção e das vendas. Nos Estados Unidos e na Europa, a produção e o consumo de orgânicos deram um salto, após a aprovação das suas respectivas leis. (Santiago e Harkaly).
Estima-se que haja no Brasil quase 1,5 milhão de hectares em produção orgânica, sem contar a produção extrativista orgânica na região Norte do Brasil. Proporção entre pequenos, médios e grandes produtores: não há estatística a respeito, mas pequenos e médios devem perfazer mais de 95% dos produtores orgânicos no Brasil. E ainda: • O Brasil tem o maior mercado consumidor de orgânicos da América do Sul e este mercado está em crescimento; • O Brasil é considerado pelo principais importadores de orgânicos – EUA, União Européia e Japão – como o país de maior potencial de produção orgânica para exportação; • Cerca de 70% da produção orgânica brasileira (em valor) é exportada. O Brasil exporta produtos orgânicos, principalmente soja, café e açúcar, para a Europa, Japão e Estados Unidos. Nesses países, principalmente nos EUA, a demanda por produtos orgânicos é crescente. Estima-se que o mercado de orgânicos no mundo supere 50 bilhões de dólares por ano. O Brasil é forte na produção orgânica de açúcar, soja, café, óleos, amêndoas, mel e frutas. Há uma demanda mundial reprimida de frutas orgânicas. Óleos essenciais orgânicos estão em alta, com o crescimento do mercado de cosméticos orgânicos. No Brasil, o sistema orgânico de produção está regulamentado pela Lei Federal no 10.831, de 23 de dezembro de 2003, que contém normas disciplinares para a produção, tipificação, processamento, envase, distribuição, identificação e certificação da qualidade dos produtos orgânicos, sejam de origem animal ou
vegetal. (Borguini et al).2.2 A agricultura orgânica nos principais países produtores
Desde o início da década de 1990, segundo Darolt (2000), o sistema de agricultura orgânica tem se desenvolvido muito rapidamente na Europa. Com aproximadamente 80 mil propriedades orgânicas nos principais países da Européia, cobrindo uma área em torno de 2 milhões de hectares.
A Áustria é o país da União Européia com o maior percentual de agricultores orgânicos (8%) e também possui a maior área orgânica proporcionalmente cultivada (10,1%). Segundo Willer apud Neves (2003, p.332) em algumas regiões do país, como Salzbourg e Tyrol, 50% dos agricultores já são orgânicos. A Suíça, que não faz parte da União Européia, é outro país que apresenta cifras acima da média em agricultura orgânica, com cerca de 6,7 % da área total cultivada com agricultura orgânica e 5,5% dos agricultores são orgânicos.
Mundo: Visão Geral dos mercados de Alimentos e Bebidas Orgânicos (US$ milhões)
Fonte: Fonseca (2005), com base em dados da ITC (2000; 2003a).
Nota: 1 Finlândia, Grécia, Irlanda, Noruega, Portugal e Espanha. Para 2003, inclui Irlanda.
A Alemanha foi o primeiro país do mundo a criar um organismo para inspeção e
controle da produção orgânica. Porém, o desenvolvimento do sistema ocorreu, significativamente, a partir de 1970. Em 1988 foi fundado um organismo responsável pelo controle das organizações certificadoras e que também ajuda os consumidores em casos de fraude. O crescimento da agricultura orgânica na Itália tem surpreendido nos últimos anos.
Segundo estatísticas de 1998/1999, a Itália é o primeiro país da União Européia tanto em termos de área total cultivada (564.913 ha) como em número de produtores (29.390).
Os países situados mais ao norte da Europa como Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia também apresentam um rápido crescimento, motivado pelo aumento da demanda dos consumidores. A área em agricultura orgânica nesses países varia de 2 a 3,5%. Os governos da Suécia e Finlândia, por exemplo, fixaram como objetivo a conversão de 10 % das unidades de produção para os próximos anos.
Na França, cabe destacar um aumento significativo de algumas produções animais na linha orgânica, sobretudo o frango orgânico que teve taxas de crescimento de 135% nos últimos dois anos, além da produção de porcos (39%), ovelhas (35%) e leite (19%).
Mundo: área sob manejo da agricultura orgânica em 2004 (percentagem)
(Willer e Yussefi, 2005). Os mercados de produtos orgânicos certificados apresentaram taxas elevadas de crescimento na Europa, nos Estados Unidos e no Japão, bem como em muitos países de baixa renda (PBR), na década de 1990. Na União Européia, a taxa média anual de crescimento girou em torno de 25% nos últimos dez anos.
CONCLUSÃO
Com o presente trabalho, conclui-se que alimentos orgânicos são mais do que um produto sem agrotóxicos, mais é o resultado de uma produção agrícola, que maneja o solo para equilibrá-lo, para esse tipo de produção, visando a qualidade do alimento.
Os alimentos orgânicos vem crescendo no Brasil de forma rápida, devido aos brasileiros aprovarem a idéia de ter em sua mesa um alimento saudável e que ainda não prejudique ao meio ambiente.
O clima no Brasil é considerado propício para o cultivo de alimentos orgânicos, pois se é possível produzir o ano todo.
Uma grande área já é utilizada no Brasil, para plantação de orgânicos, mas se espera que com a regulamentação da lei, o plantio e as vendas cresçam ainda mais pois estará tudo claro para consumidor e produtor.
Não é só no Brasil que os orgânicos vem ganhando mercado, em vários países da Europa o sucesso se repete.
Um exemplo é a Alemanha o primeiro país que criou um órgão para tratar sobre a inspeção e controle de produção orgânica.
Apesar do crescimento na comercialização de alimentos orgânicos não só no Brasil mais em grande parte do mundo, muitas pessoas ainda não tem acesso aos orgânicos, muitas vezes por seu preço ser mais elevado do que de outros alimentos, outras porque não tem conhecimento de seus benefícios a saúde, ou até mesmo não conhece esse cultivo de alimentos que são comercializados in natura, certificados e inspecionados, inspirando segurança ao consumidor.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A agricultura orgânica no Brasil- Disponível em < http://www.ibd.com.br/ > Acesso em 22/11/2010.
LAFORGA,O mercado de produtos orgânicos: abordagem da produção orgânica no município de Itápolis, SP,BRASIL.
ARAUJO,RODRIGUES,BRITTO, Dificuldade na expansão de produção e comercialização de produtos orgânicos em uma pequena associação de produtores rurais de Juazeiro –BA.BNDES Setorial, Rio de Janeiro, n. 15, p. 3-34, mar. 2002.
Borguini et AL, Alimentos orgânicos: Qualidade Nutritiva e Segurança do alimento.
BUAINAIN, BATALHA. Cadeia Produtiva de Produtos Orgânicos. Brasília
: IICA : MAPA/SPA, P.108 ; (Agronegócios ; v. 5), 2007.

Tecnologias para agricultura orgânica são apresentadas na Bio Brazil Fair


Tecnologias para agricultura orgânica são apresentadas na Bio Brazil Fair (07/05/2007)
Ações do documento
  •  
A Embrapa Agrobiologia (Seropédica/RJ), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e  Abastecimento, apresentará na Bio Brazil Fair 2007(São Paulo/RJ), de 3 a 6 de maio em São Paulo, tecnologias voltadas para a redução dos impactos da agricultura no meio ambiente, como por exemplo, a prática de Adubação Verde , Cobertura Viva do Solo com Leguminosas e o Sistema Integrado de Produção Agroecológica. O público do evento poderá ainda degustar biscoitos de araruta orgânica cultivada na Fazendinha Agroecológica e processados pela Embrapa Agroindústria de Alimentos.  Também serão apresentadas miniaturas de minhocários de bambu  e de acrílico para que os visitantes possam conhecer e entender como acontece o processo de vermicompostagem e produção de húmus

Para quem busca informações sobre agricultura orgânica, a Embrapa Agrobiologia vai apresentar ao público do evento os livros: Agricultura Orgânica - uma estratégia para o desenvolvimento de sistemas agrícolas sustentáveis , A História do Seu João das Alfaces, Adubação Verde com Leguminosas e 

Adubação verde

A adubação verde é uma prática que consiste no plantio de espécies capazes de reciclar os nutrientes para tornar o solo mais fértil e consequentemente mais produtivo. A Embrapa Agrobiologia vem pesquisando o uso de plantas que servem como adubos verdes, em especial as leguminosas. Estas espécies são capazes de se associar a bactérias presentes no solo e transformar o nitrogênio do ar em compostos nitrogenados. 

O uso de adubos verdes significa também uma economia para o agricultor porque ele pode reduzir ou até eliminar o uso de fertilizantes minerais nitrogenados. Além disso, a adubação verde contribui para uma maior sustentabilidade da agricultura, garantindo a conservação de recursos naturais. 

Cobertura Viva do Solo com Leguminosas

A técnica de cobertura viva com leguminosas consiste em utilizar plantas da família das leguminosas para cobrir todo o solo na área de cultivo. São várias as vantagens do uso desta cobertura viva,  entre elas, está o controle da erosão pois a superfície do solo nunca fica desprotegida ao contrário do plantio convencional.           Outra vantagem é que o uso de coberturas vivas protege o solo de chuvas intensas, além de favorecer a reciclagem de nutrientes e estimular os efeitos benéficos trazidos pelos microrganismos. No caso de leguminosas, plantas capazes de se associar a bactérias fixadoras de nitrogênio, as coberturas vivas ainda contribuem para o fornecimento desse nutriente para as plantas cultivadas.

Sistema Integrado de Produção Agroecológica-SIPA

Criada em 199O, o SIPA (Sistema Integrado de Produção Agroecológica), também é conhecido como Fazendinha Agroecológica Km, tem sido a base para as pesquisas em agricultura orgânica realizadas pela Embrapa Agrobiologia. O projeto é uma parceria entre a Embrapa (Embrapa Agrobiologia/Embrapa Solos), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e Pesagro – Rio (Estação Experimental de Seropédica). Trata-se de uma área de aproximadamente 60 hectares, situada na Baixada Fluminense (RJ). A Fazendinha  propicia pesquisas de campo, dentro de um sistema multidiversificado, sem o uso de agroquímicos sintéticos, enfatizando a integração lavoura-pecuária.

Num solo considerado pouco fértil, são cultivadas, sem o uso de agrotóxicos,  mais de 50 espécies de plantas, incluindo frutíferas variadas, hortaliças e cereais.  A Fazendinha oferece ainda treinamento e capacitação para estudantes de todos os níveis, profissionais das Ciências Agrárias e agricultores. 

A Bio Brazil Fair – Feira Internacional de Produtos Orgânicos e Agroecologia acontece de 3 a 6  de maio, pelo terceiro ano consecutivo, no Pavilhão da Bienal do Ibirapuera.  O evento que apresentará aos visitantes profissionais e público em geral as novidades no setor de orgânicos e espera receber 20 mil pessoas, superando os 18.700 visitantes de 2006.



Ana Lucia Ferreira(MTb 16913/RJ)
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